Estamos prestes a encerrar a oficina do Corpo Dinâmico de Peter Dietz. Podemos fazer o seguinte balanço: as instruções básicas desta oficina eram Activar, Disponibilizar e Partilhar o corpo. As estratégias eram variadas: anotar em um caderno coletivo como está o seu corpo assim que chegou ao estúdio e depois ao final das práticas; investigar criticamente e criativamente quais os caminhos que seu corpo precisa percorrer para disponibilizar-se para performar; práticas de percorrer o estúdio em linhas com a intenção de rasgar o espaço sempre em frente, variar as tensões, os planos, disparar até chocar-se com a parede ou grudar nela; performar coletivamente por horas (em média 3 a 4 horas) afinando a escuta, reciclando a energia que dispersa e quer desistir da relação com o outro e o ambiente; e aprender a lidar com a frustação, o esgotamento, os buracos e saber ouvir o que pode surgir destes momentos de estagnação e branco.
Peter costumava falar que sua pesquisa investigava a energia sexual como força e potência para performar. A esta pesquisa ele deu um nome engraçado chamado "Godog", aliás o bom humor está sempre nas suas palavras e movimentos. Dividindo nossas idéias lembramos da nossa expressão baiana "tá pra jogo", que tem um bom humor também para se referir a abertura para se relacionar, se enroscar, esfregar, atritar no outro.
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